Mecânica quântica e universos paralelos – a física de “Vingadores: Ultimato”

Saiu do cinema coçando a cabeça? Calma: Schrödinger vem te salvar. A SUPER explica, com ciência, como o plano – você sabe que plano é – dá certo.

A SUPER nem precisa avisar que esta matéria é o maior poço de spoilers de Vingadores: Ultimato desde a embalagem de hambúrguer da thread abaixo. Se você não viu o filme ainda, só vai embora, por favor. Agradecemos a audiência, mas é para o seu bem.

Feito o aviso, vamos lá: Ultimato gira todo em torno de viagens no tempo. Mais do que isso: Ultimato é o primeiro filme da cultura pop que baseia suas viagens no tempo na hipótese do multiverso quântico. 

Antes de começar a divagação pela física teórica, façamos uma revisão rápida do enredo: no fim de Guerra Infinita, o vilão Thanos mata 50% dos seres vivos da Terra e então destrói as Joias do Infinito – que permitiriam reverter a situação.

5 anos depois, Scott Lang, o Homem-Formiga, escapa do mundo quântico e vai ao QG dos Vingadores. Como, da perspectiva de Lang, apenas 5 horas se passaram, ele levanta a hipótese de que o quantum realm permite viagens no tempo. Com uma mãozinha da teoria de Schrödinger e Heisenberg, seria possível coletar as Joias do Infinito na época em que elas ainda existiam – e virar o jogo.

Calha que é uma boa hipótese: Tony Stark dá um jeitinho brasileiro tecnológico (essa parte, claro, é pura fantasia), e logo os Vingadores estão usando o domínio microscópico para pular para lá e para cá no calendário, sem errar.

Há muitas modalidades de viagem no tempo diferentes na ficção: em De Volta para o Futuro, todas as ações dos personagens que viajaram ao passado alteram instantaneamente o presente. Até as fotos se apagam para refletir a nova realidade.

Já no Prisioneiro de Azkaban, o terceiro filme da saga Harry Potter, o que aconteceu, aconteceu. Não dá para apertar o reset. Quando o Harry do presente arremessa um cascalho na cabeça do Harry do passado, é só porque ele já viveu aquilo – e está ciente de que deve dar a pedrada em si mesmo.

 

Fonte: Super Interessante

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