Conheça mais sobre a Viúva Negra

Cedendo ao pedido dos fãs, a Marvel finalmente prepara um filme solo da Viúva Negra. Depois de tantas aparições no MCU, esta na hora de perceber que a espiã que coube tão bem na pele de Scarlett Johansson é muito mais do que uma mera coadjuvante.

De bailarina à Vingadora
A primeira aparição de Natalia Alianovna Romanova (alias Natasha Romanoff) foi como a ex-bailarina e agente da KGB em Tales of Suspense #52 (1964), série do Homem de Ferro. Poucas edições mais tarde, a antagonista se une ao Gavião Arqueiro para derrotar Stark, recebendo do governo russo armas de alta tecnologia e a primeira roupa de Viúva Negra. Não demora para que Natasha deserte seu governo e parta para os Estados Unidos, se aliando aos Vingadores com frequência, mas não de forma definitiva.

Nos anos 70, a personagem ganhou sua própria serie e sofreu uma mudança no visual. Os cabelos negros e curtos se tornam ruivos, passou a usar o colado macacão preto e os braceletes que disparam teias de aranha. Surge assim a aparência que seria comumente ligada à Viúva Negra. Infelizmente, as edições não tiveram o sucesso esperado e foram canceladas após oito fascículos.

Começa então a jornada de Natasha nas histórias de outros personagens. Trabalhou como espiã freelancer para a S.H.I.E.L.D., sendo enviada por Nick Fury para lutar até mesmo contra seu próprio ex-marido, e começou um romance com Matt Murdock. De novembro de 1971 a agosto de 1975, a Viúva Negra esteve presente nas edições do Demolidor, chegando a ter seu nome estampado no título. A ideia do escritor Gerry Conway de unir os heróis romanticamente tem um apelo com os fãs até os dias atuais, mas não agradava seus sucessores.

Após terminar com Murdock por achar que estava sendo “diminuída”, Natasha muda-se para Los Angeles e se torna líder dos Campeões. A história da equipe de super-heróis formada pelo Motoqueiro Fantasma, Hércules, Anjo e Homem de Gelo sobreviveu até 1978. Nos anos 80 e 90, a Viúva Negra voltou a trabalhar periodicamente com a S.H.I.E.L.D. e como parte dos Vingadores.

As coisas começam a mudar para a personagem após a virada do século, mais especificamente em 2010. Com a sua introdução ao universo cinematográfico da Marvel, Viúva Negra ganhou duas minisséries de quadrinhos separadas. A primeira foi Black Widow and the Marvel Girls, contando aventuras da personagem com outras heroínas Marvel. Já a segunda, mais sombria e inegavelmente mais interessante, foi Black Widow: Deadly Origin e recontou a origem da espiã.

Foi graças a essa série que aprendemos sobre o programa “Black Widow Ops” da URSS, onde jovens órfãs sofriam lavagem cerebral e eram treinadas em combate e espionagem. Na instalação chamada de Quarto Vermelho, Natasha recebeu novas memórias e um tratamento parecido ao de Steve Rogers, explicando sua aparência sempre jovem. Durante este tempo treinou sob os cuidados do Soldado Invernal, com quem teve um breve romance.

Inegavelmente impulsionada pelo sucesso nos cinemas, a personagem passou a ter papel principal em todos os grandes arcos lançados. Tornou-se chefe da S.H.I.E.L.D. após a Guerra Civil e lutou ao lado de Bucky para deter o Caveira Vermelha depois de assumir o manto de Capitão América. Uniu-se aos Vingadores durante a última invasão Skrull e retomou seu romance com Barnes, se mantendo como sua parceira.

A Viúva Negra e o Feminismo
O futuro cinematográfico de Natasha é imprevisível não só pelos eventos da Guerra Infinita, mas por todas as fases que a personagem passou pelos quadrinhos. Seguindo o apelo dos fãs, Bucky Barnes ou Matt Murdock estariam envolvidos, as possibilidades são inúmeras. Porém, o grande desafio vai ser a representação da personagem, mesmo com a consagração de Johansson.

Quando Joss Whedon foi criticado por diminuir a Viúva Negra a uma mulher que não pode ter filhos em A Era de Ultron, ficou claro que houve uma falha de comunicação. O homem responsável por nos dar uma personagem feminista como Buffy, não foi capaz de entregar a representatividade desejada pelas mulheres atualmente. É sem espanto, então, que o filme solo da espiã será o primeiro dirigido por uma mulher.

Fica por conta da australiana Cate Shortland traduzir as expectativas das mulheres para a heroína, lembrando sempre que ela é sim uma femme fatale. Será a chance de mostrar que feministas vêm em todas as formas e estilos, que sensualidade e feminilidade não são idéias contrárias a essa causa. Aqui, o meio feminismo não vale. Se o corpo de uma mulher é de sua propriedade, cabe a ela decidir o que fazer com ele. Inclusive explorá-lo sexualmente para atingir seus objetivos.

Fonte: Nerd Break

 

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