Veja fotos tiradas em visitas ilegais à Zona Morta de Chernobyl

31 anos após o pior desastre nuclear da história, um grupo de stalkers autoproclamados faz viagens ilegais à cidade radioativa e abandonada.

FOTO DE PIERPAOLO MITTICA, PARALLELOZERO

Knyazev (apelidado de JimmSide) descansa em um chiqueiro abandonado na viagem para Pripyat. “Sou atraído pela liberdade da zona”, ele diz. “É uma área enorme de 2.500 km2 e praticamente inabitada. Você pode entrar em qualquer casa, qualquer apartamento, viver lá, sentir a história”.

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Knyazev acende uma fogueira em um chiqueiro abandonado. Ele já fez mais de 50 viagens para a Zona Morta, inspirado no videogame S.T.A.L.K.E.R., bem como nas memórias de seu tio, que trabalhou no cemitério de veículos radioativos conhecido como Rassokha.

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“O mais lindo, penso eu, é o alvorecer da natureza nessa área desde que o homem saiu”, diz Knyazev. “Uma vez fui a Pripyat, era cerca de 5 da manhã e o sol acabava de se aproximar do horizonte. Eu estava vivendo uma tortura após uma caminhada de 50 km nas últimas 24 horas e queria dormir. De repente, uma raposa apareceu na sombra, 10 metros a minha direita. Um par de raposas, pequenas como gatinhos, andava cuidadosamente atrás [da mãe]… suas silhuetas, pintadas com os raios do sol, ainda estão na minha cabeça”.

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Sherekh (apelidado de Freeman) dorme no telhado de um edifício a menos de 3 quil6ometros do reator 4. Após a explosão, centenas de milhares de soldados, trabalhadores da usina e voluntários conhecidos como “liquidatários” foram encarregados de descontaminar o local e de conter as 200 toneladas de material radioativo dentro de um “sarcófago” de concreto. Os pais de Sherekh trabalharam na usina e seu pai, médico formado, foi um liquidatário.

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Knyazev percorre uma piscina abandonada em Pripyat. “Você se sente como a última pessoa na Terra”, ele diz sobre a zona.

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Sherekh enche sua garrafa de água em um porão de Pripyat. “No meio stalker existe uma piada: sem dosímetro, sem radiação”, ele diz. “Tenho que admitir que não somos razoáveis ​​em relação a nossa saúde e a presença de alta radiação não nos impedirá de visitar o local. Existem muitas pessoas inteligentes e instruídas que entendem bem o que é a radiação. A verdade é que a maior parte do território da zona tem uma baixa radiação de fundo”. Sem um dosímetro, sua real exposição é desconhecida.

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Sherekh atravessa os bosques a caminho de Pripyat.

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Knyazev prepara o jantar na aldeia abandonada de Rudnya Veresnya.

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Maxim Rudyavsky e Knyazev estão em frente ao memorial da Segunda Guerra Mundial no vilarejo de Chistogolovka. O local estava tão fortemente contaminado que, nos anos que se seguiram ao incidente, ele foi demolido e enterrado. Esta estátua, outrora localizada na praça principal, é a única lembrança de Chistogolovka.

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Rudyavsky escova os dentes em um apartamento com vista para Pripyat. “Quando você chega à zona, o tempo para. Você já não entende mais qual é o dia da semana e vai se desorientando cada vez mais”, ele conta.

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Um antigo cartaz da União Soviética decora a parede do apartamento de Knyazev na zona.

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Um stalker traja uma máscara de gás de mentira.

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Sherekh se prepara para dormir em uma casa abandonada em Rudnya Veresnya. Os stalkers costumam dormir em sótãos para evitar encontros com animais selvagens. Lobos, javalis, ursos, alces, camundongos e carrapatos rondam livremente a zona.

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Um grupo de stalkers desfruta de uma festa com vodca no apartamento de Knyazev na zona.

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Rudyavsky descansa em um chiqueiro depois de uma longa caminhada pela floresta. “[Na zona] você fica sozinho com a natureza, o silêncio e a atmosfera pós-apocalíptica”, ele diz. “É como uma droga”.

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Um stalker dança em um telhado em Pripyat ao pôr do sol.

Fonte: Aventuras na História

 

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