Tecnologia da Samsung converte qualquer conteúdo para 8K (ou quase isso)

Em abril de 2019, a Samsung anunciou a chegada das suas TVs QLED 8K ao Brasil. No entanto, muitas dúvidas cercam a nova tecnologia, que ainda não está ao alcance da grande maioria dos consumidores.

Para esclarecer os diferenciais da nova linha de TVs e ainda realizar demonstrações exclusivas da sua performance, a fabricante trouxe especialistas diretamente da sua matriz na Coreia do Sul para falar em seu Technical Summit, evento realizado na última semana em São Paulo.

Falando um pouco sobre números, a tecnologia 8K da Samsung promete até 4.000 nits de brilho e 33 milhões de pixels para formação de imagens. Para se ter uma ideia, uma TV 4K tem “apenas” 8 milhões de pixels e uma Full HD tem dois milhões. A soma disso tudo resulta em contornos mais precisos, mais detalhes na textura, maior profundidade nas cenas, além de cores e imagens mais cristalinas.

Samsung demonstra diferenças entre 4K e 8K no Technical Summit, em São Paulo (Foto: Divulgação / Samsung)

Algoritmo que melhora a qualidade das imagens
Deixando pixels e nits um pouco de lado, precisamos falar sobre um “detalhe” das TVs da Samsung que promete ser o grande diferencial nessa nova era de qualidade de imagem: o processador Quantum 8K. É comum ouvirmos falar sobre processadores de smartphones, mas quando o assunto é TV, ninguém se importa muito com isso. Pelo menos até agora.

Isso porque o processador da Samsung é o responsável por ajudar a resolver – pelo menos em partes – um dos grandes problemas atuais: a escassez de conteúdo em 8K. Afinal, do que adianta ter um aparelho poderoso, capaz de exibir toneladas de pixels, mas não ter conteúdo bom o suficiente para ser exibido, não é mesmo?

De acordo com a Samsung, seu processador usa a tecnologia de Inteligência Artificial para analisar milhões de imagens e fazer automaticamente o upscaling de conteúdo de qualquer fonte com resolução menor para um formato de vídeo “próximo ao 8K”.

Durante o Tech Summit da Samsung, Simon Lee, Engenheiro Líder da área Visual Display Business da Samsung Electronics, explicou que o chamado Machine Learning Super Resolution (MLSR) da empresa usa a IA para comparar versões em alta e baixa resolução de um mesmo conteúdo e aprender diferenças técnicas entre os dois.

Simon Lee, executivo da matriz coreana da Samsung falando durante o Technical Summit, em São Paulo (Foto: Samsung / Divulgação)

Basicamente, a tecnologia recolhe dados de milhões de vídeos, classifica-os com base na textura, formato, entre outras características, para depois criar fórmulas para definir cada conteúdo. O refinamento do conteúdo é feito em tempo real, independente do seu formato nativo (HD, FHD, ou mesmo UHD).

O resumo da ópera é que o upscaling da Samsung permite que conteúdos da rotina do consumidor, como programas de TV aberta ou paga, além de séries, filmes e afins, possam ser vistos com mais qualidade, mesmo sem terem sido filmados em 8K.

O mais legal é que todo o processo de conversão da imagem acontece de forma autônoma, mas, apesar de funcionar muito bem em demonstrações controladas, ainda nos deixa curiosos para realizar alguns testes no uso diário.

Fonte: Canal Tech

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