Satélite corre risco de explodir e requer manobra emergencial no espaço

Um satélite na órbita da Terra precisará ser manobrado com urgência nas próximas semanas para evitar uma tragédia espacial. A empresa de telecomunicações AT&T, dona do equipamento, recebeu autorização da Comissão Federal de Comunicações (FCC) dos Estados Unidos – equivalente à Anatel – para retirar o Spaceway-1 da posição atual. O manejo deve ocorrer antes do acidente previsto por especialistas, o que poderia comprometer diversos outros corpos celestes.

O pedido feito à FCC menciona “risco significativo” de que as células de bateria entrem em combustão. Caso isto ocorra, os detritos poderiam danificar outros aparatos na órbita terrestre. A agência de comunicações ressaltou que elementos com mais que um centímetro de diâmetro podem levar a verdadeiras catástrofes.

A AT&T explicou ao órgão que as manobras e os reposicionamentos do satélite devem ocorrer até o dia 25 de fevereiro, quando está previsto o início da temporada de eclipses. A ausência de luz solar faria com que a bateria começasse a funcionar, levando ao incêndio.

Os engenheiros pretendem movimentar o satélite para uma parte da órbita destinada ao “cemitério” de equipamentos. Depois, teriam de eliminar mais de 70 kg de combustível para reduzir o risco de chamas. Ainda não está claro quais seriam os próximos passos, mas existe a possibilidade de que o objeto fique por ali mesmo.

O diretor de comunicações corporativas da AT&T, Jim Kimberly, explicou ao TechTudo que o equipamento será substituído por outro da frota. Ele ressaltou que a empresa “monitora a frota 24 horas por dia como parte normal do negócio”.

O satélite lançado em 2005 fornecia sinal reserva de TV para assinantes do Alasca, nos Estados Unidos. No entanto, o uso foi descontinuado “sem prejuízo aos clientes”, segundo a AT&T.

O lixo espacial é um problema monitorado com atenção pelas maiores economias da mundo. Somente as forças militares dos Estados Unidos acompanham atualmente a posição de mais de 23 mil objetos em órbita. Existe o cuidado de prevenir choques com equipamentos em funcionamento, tais como satélites de telecomunicações e pesquisas científicas. Alguns especialistas já expressaram receio em relação à segurança da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).

Fonte: Techtudo

Compartilhe