Samsung alerta mercado para desaceleração de suas vendas

Parece que não é somente a Apple que tem sentido os efeitos do crescimento das marcas chinesas no mercado de smartphones. A Samsung fez um alerta, por meio de comunicado, sobre seus próximos resultados financeiros, que podem ser “decepcionantes por causa da queda dos custos de chips e telas LCD”. Outro sinal que indica esse prognóstico da empresa é o da desaceleração na demanda por smartphones e outros dispositivos.

A eletrônica sul-coreana mencionou que esperava uma “queda nos preços entre os principais produtos” nos primeiros três meses do ano em meio ao “enfraquecimento da demanda geral” por suas mercadorias. A divulgação foi recebida com surpresa entre os analistas, principalmente em se tratando de Samsung, que geralmente fornece uma previsão de sua eficiência econômica somente algum tempo após o fim de cada trimestre.

Segundo a Counterpoint, uma empresa especializada em análise de mercado, o anúncio da gigante sul-coreana vai ao encontro do que o mercado tem apresentado no que tange à aquisição de smartphones e o comportamento dos consumidores. Em 2018, por exemplo, a compra desse tipo de produto teve queda geral de 7%. Ainda segundo esta análise, os clientes têm ficado mais tempo com seus celulares, trocando-os apenas quando apenas uma tecnologia mais efetiva aperece, com o convencimento sendo feito com base no custo-benefício.

Será que a linha Galaxy S10 vai conter as perdas da Samsung?

O anúncio da Samsung, porém, pode nos levar a um recorte mais amplo no campo da economia, já que a China, um dos maiores mercados do mundo, teve uma desaceleração financeira nos últimos meses, assim como a União Europeia. Os Estados Unidos, por sua vez, ainda não apresentam queda nos indicadores, mas especialistas não parecem otimistas com o futuro próximo.

A desaceleração tem sido particularmente onerosa para empresas como a Apple, que notou que suas vendas brutas totais dentro da China despencaram 25% no quarto trimestre do 2018, caindo para um faturamento de US$ 13,17 bilhões (R$ 50,5 bilhões, na cotação de hoje).

Enquanto a Samsung é a maior fornecedora de smartphones do setor – mais facilmente reconhecida por sua coleção Galaxy -, o comércio de semicondutores é responsável pela maior parte de seu faturamento. Tanto a Samsung quanto a Apple notaram um aumento no número de opções na China, onde marcas como Huawei e Xiaomi têm atraído clientes de fabricantes internacionais com telefones acessíveis e ricos em recursos. As apólices de seguro comercial de Pequim também inspiraram os produtores nativos a aumentarem a fabricação de chips, que a China, inclusive reconheceu como uma parte extremamente importante de sua técnica financeira.

Isso tem feito com que produtoras de outros países entupam seus estoques, já que a demanda está cada vez menor, com a China sendo agressiva neste sentido. Fabricantes do Japão, por exemplo, também relataram que os armazéns estão se enchendo.

Em seu comentário nesta terça-feira (26), a Samsung mencionou que pode buscar aumentar a competitividade através do fornecimento de produtos mais sutis, indicando que pode buscar conter a enxurrada de peças chinesas nos mercados mundiais com escolhas de maior qualidade.

 

Fonte: Canal Tech

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