Girl Power: Obra feita inteiramente por mulheres

Nova edição de Herland – A Terra das Mulheres aborda uma sociedade em que elas vivem sem dominação, com estabilidade, coesão e lógica.

Publicada pela primeira vez em 1915, Herland descreve uma sociedade formada unicamente por mulheres que vivem livres de conflitos e de dominação.A história é narrada por um estudante de sociologia que, com o auxílio de dois companheiros, chega ao lendário país dominado por mulheres. As diferentes visões dos três exploradores logo entrarão em conflito com a organização social utópica que terão de confrontar.
Herland subverte questões como a definição de gênero, a maternidade e o senso de individualidade. Gilman, nesta obra, cria uma narrativa revolucionária e dá uma importante contribuição às discussões sociológicas sobre os papéis masculino e feminino em sociedades de qualquer época.

A história do feminismo é recente, começa no século XIX e ganha força no século XX. Os movimentos que o cercam custam a ter voz, e cada vez mais lutam por seus direitos e para mostrar o papel feminino na sociedade. Um clássico da literatura, Herland – A Terra das Mulheres deixa uma importante marca nesta mobilização.

Um século depois da primeira publicação, o selo Via Leitura, da Edipro, traz uma nova edição de um dos primeiros manifestos feministas.

Incentivada pela proposta, a Edipro apostou em uma equipe inteiramente feminina para a produção desta obra.

Desde a edição do texto, passando pela produção, revisão, diagramação, capa e divulgação, apenas mulheres foram envolvidas no projeto.

O prefácio é de Juliana Gomescoordenadora do Leia Mulheres (projeto de promoção da literatura feita por mulheres, inspirado pela escritora inglesa Joanna Walsh)Com isso, a Edipro busca emular a inspiração inicial da autora Charlotte Perkins Gilman.

Curiosidades:

Sobre a autora: Charlotte Perkins Gilman (1860-1935) foi escritora, poetisa e uma ativista do feminismo nos Estados Unidos. Abandonada pelo pai durante a infância e sem que sua mãe tivesse condições de criá-la sozinha, ficou sob a proteção de suas tias paternas, Catharine, Harriet (escritora e autora do clássico A cabana do Pai Tomás) e Isabella (sufragista, defensora do voto feminino). Essa influência acabou sendo determinante  para o futuro sucesso literário de Charlotte e seu papel fundamental na história dos direitos sociais das mulheres. Seu estilo e vida pouco usual para a época (divorciada e financeiramente independente) a tornaram um modelo para todas as gerações posteriores de feministas.

Fonte: Retalho Club

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