Entenda por que as bombas nucleares resultam em nuvens em forma de cogumelo

Você já deve ter reparado que as explosões nucleares costumam resultar em colunas de fumaça com um formato bastante específico, tanto que elas ganharam o nome de “nuvens de cogumelo”. Mas você já se perguntou por que isso acontece?

O site Today I Found Out explica que o fenômeno pode ser facilmente explicado a partir do conceito de convecção. Se você relembrar as aulas de Física, vai recordar que existe uma relação entre a temperatura e a densidade dos fluidos, o que faz com que eles se movimentem no espaço.

No caso das bombas nucleares, a explosão dá início a uma grande nuvem de fogo. Essa bola de gases quentes é acelerada em todas as direções. E como a bola de gases acelerados é mais quente – e, por isso, menos densa – do que o ar que a circunda, ela começa a subir extremamente rápido e é isso o que dará a forma ao que vemos como o chapéu do cogumelo. Conforme a bola de fogo sobe, ela aquece o ar e isso atrai toda a fumaça e os gases que estão ao redor, formando assim o que entendemos como o estipe (ou a haste) do cogumelo.

Já aquela impressão que temos de que o chapéu do cogumelo está se movendo de fora para dentro é resultado da diferença de temperatura entre o centro e a borda da estrutura. Como o centro é mais quente, ele sobe mais rapidamente e as partes externas do chapéu, que se movem lentamente, passam a fazer parte da haste.

Uma vez que a nuvem alcança um certo ponto da atmosfera em que a densidade da nuvem de gases é igual à densidade do ar ao redor, ela se espalha e forma um grande chapéu.

Em alguns casos, também é possível notar que as explosões dão origem a um anel que se posiciona em volta do cogumelo. Essa estrutura se forma por causa da área de baixa pressão que é criada a partir da fase negativa da onda de choque. Isso resulta em uma queda da temperatura que, junto com a baixa pressão, pode diminuir suficientemente o ponto de densidade para que uma nuvem se forme temporariamente.

Como curiosidade, essa auréola que se forma em volta da explosão é conhecida como “nuvem de Wilson”, tendo sido batizada em homenagem ao físico escocês Charles Wilson.

Fonte: MegaCurioso

 

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