De Jimi Hendrix a Kurt Cobain: As 7 guitarras mais icônicas da história

Histórias de amor entre gênios do blues e do rock e o instrumento

Reprodução

B.B. King – Lucille

Crédito: Reprodução

O rei do blues B.B. King costumava tocar  sempre com guitarras da marca Gibson. Ele as amava de verdade – e até dava nome a elas. Um dia, o guitarrista estava com sua banda em uma casa de shows, quando dois homens começaram a brigar por causa de uma mulher.

A confusão foi tanta que um barril de querosene (usado para aquecer o salão) explodiu, colocando fogo no lugar. King viu que sua Gibson estava em perigo e enfrentou as chamas para salvá-la. Ao descobrir que o motivo do incêndio havia sido a briga por causa de uma garota chamada Lucille, o bluesman não teve dúvida: decidiu batizar todas as suas Gibsons com o nome daquela mulher que inflamava o coração dos homens.

Jimi Hendrix – Fender Stratocaster

Crédito: Reprodução

Se Eric Clapton era o deus da guitarra, Hendrix era o diabo. E seu tridente era uma Fender Stratocaster. Transformando distorções em um elemento musical, Jimi foi um revolucionário: o instrumentista mais influente da história do rock, segundo o Hall da Fama do rock’n’roll.

Sua figura de super-herói entre os hippies dos anos 1960 ficou eternizada numa das imagens mais inesquecíveis do rock: num show em 1967, Jimi Hendrix literalmente colocou fogo em sua Fender em cima do palco, ao som da música Fire. “Me deixe ficar perto do seu fogo”, diz a canção. Enquanto o guitarrista mandava ver no ritual incendiário, a banda não parou de tocar.

Eddie Van Halen – Frankenstrat

Crédito: Reprodução

Os fãs dizem que não existe ninguém mais criativo que o líder da banda Van Halen. O próprio roqueiro criou uma guitarra que é uma obra de arte. Com grafismos abstratos e cores fortes, o instrumento tem também um nome inusitado.

“Frankens” vem de Frankenstein (o médico que criou um zumbi sentimental, na história gótica de Mary Shelley). Já o “Trat” veio do nome da guitarra Fender Stratocaster. Uma cópia dessa peça com a assinatura do guitarrista artesão está no acervo do Museu Nacional da História Americana.

Bo Diddley – Twang Machine

Crédito: Reprodução

Antes de se tornar um ícone do blues, Bo Diddley, sem dinheiro para comprar uma guitarra, resolveu criar a sua com as próprias mãos. Anos depois, quando Diddley já era reconhecido como um dos maiores artistas do gênero, a marca Gretsch criou uma linha de guitarras personalizadas, com o design inventado pelo bluesman.

Até o nome ficou do jeito que ele batizou sua invenção: “Twang Machine” (máquina vibrante). A guitarra é mesmo diferente: tem a forma de um retângulo. A foto é uma reprodução da primeira guitarra feita para o artista, e é fabricada e vendida até hoje.

Kurt Cobain – Univox

Crédito: Reprodução

Kurt Cobain sempre foi famoso pelo estilo desleixado e “sujo” – igual à sua música, que criou o estilo grunge. Esse despojamento também existiu na relação do roqueiro com suas guitarras: mesmo podendo ter as mais caras, Kurt era viciado no modelo Univox Hi-Flyers, a guitarra que criou o estilo copiado por jovens com camisas de flanela no mundo todo.

Foi o modelo 68 Hi-Flyer Custom que ele quebrou numa apresentação – atitude que tinha antecedentes com a banda The Who e que viraria hábito nos shows do artista.

Jimmy Page – double-neck Gibson

Crédito: Reprodução

A Gibson EDS-1275 ficou famosa nas mãos de um gigante do rock: Jimmy Page, guitarrista do Led Zeppelin. O roqueiro sempre ia aos shows com sua Gibson dupla – sim, são duas guitarras “siamesas”.

Lançada em 1958, a Gibson EDS 1295 revolucionou o nível de decibéis em um palco com sua potência única de som – e fez história. Em 2007, Page chegou a lançar 250 exemplares personalizados com sua assinatura na Gibson de “dois andares”. Um ícone do rock.

Prince – Cloud

Crédito: Reprodução

Prince estreou como ator no filme musical Purple Rain, de 1984. Para seu début no cinema, pediu que criassem um modelo único de guitarra para empunhar nas cenas em que aparece tocando. Foi tão bem atendido que o resultado foi uma guitarra branca que inclui um braço “com vida”.

O instrumento, que era só para compor a mise en scène, ficou tão bom que, em 1989, criaram uma reprodução para vendas, só que com a cor amarela. Numa época em que Prince competia com Michael Jackson pelo trono de rei do pop, a guitarra fez sucesso comercial – e se consolidou no panteão dos instrumentos mais emblemáticos da música.

 

Fonte: Aventuras na História

Compartilhe