Conheça Carol Danvers, a Capitã Marvel!

Muito se especulou onde a Capitã Marvel se encaixaria no mundo cinematográfico da Marvel e, depois de assistir Vingadores: Guerra Infinita, finalmente descobrimos que a personagem (interpretada por Brie Larson) atenderá a um pedido de socorro vindo da Terra. Porque, se você não percebeu, é para ela que Fury manda uma mensagem na cena pós-créditos em meio ao desespero causado por Thanos.

Mas, afinal, quem é a Capitã Marvel?

Origem e Suas Várias Identidades

A Capitã Marvel que veremos no cinema é o alter ego de Carol Danvers, mas nem sempre foi assim e qualquer leitor de quadrinhos pode atestar. Em sua primeira aparição em Marvel Super-Heroes #13 (1967), Danvers é apresentada como a esforçada chefe da segurança da NASA e se encontra com Mar-Vell, o então Capitão Marvel, disfarçado.

Um alienígena da raça Kree – a mesma de Ronan (“Guardiões da Galáxia”) – Mar-Vell veio à Terra com a missão de investigar a morte de um sentinela derrotado pelo Quarteto Fantástico (Fantastic Four #64, 1961), cujo corpo é levado para o Cabo Canaveral, e acaba ficando para defender a raça humana.

Mar-Vell se afeiçoa à Danvers, o que a torna um alvo para seus inimigos. Após ser abduzida, acaba sendo exposta à radiação durante o seu salvamento e passa a ter uma fisiologia híbrida entre humano e Kree. Usando os poderes sobre-humanos que adquiriu, Carol Danvers passa a ser a heroína chamada Ms. Marvel, ganhando sua própria revista em 1977.

Com a morte de Mar-Vell (vítima de câncer anos após ser exposto à toxinas) e sua demissão da NASA, Danvers se muda para Nova Iorque e trabalha como editora de uma revista feminina do grupo Daily Bugle – o mesmo de Peter Parker – onde promove uma mudança altamente feminista. Além disso, como tudo acontece em Nova Iorque, é lá onde tem seus pontos altos lutando ao lado do Homem-Aranha, Vingadores e também dos Defensores.

Ainda vemos mais duas versões da heroína antes de finalmente adotar o posto de Capitã Marvel. Sequestrada pelo alienígena Brood, Danvers tem seus poderes potencializados até se tornar a cósmica mutante Binária que, sem laços emocionais, deixa a Terra. Mais tarde, acaba esgotando parte de seus poderes ao salvar o Sol e retorna para os Vingadores, agora como Warbird.

Depois de ter seus poderes restaurados, Ms. Marvel fez parte do time enviado para deter a Fênix e encontra o ressuscitado Mar-Vell. Ao perceber que a Fênix está atrás do poder usado para trazê-lo de volta, Mar-Vell se sacrifica e Danvers assume o título de Capitã Marvel em homenagem ao seu mentor.

Poderes

Os poderes da Capitã Marvel, por derivarem da fisiologia Kree, são em muito parecidos com os de Mar-Vell e classificados por Nick Fury como nível 8.

Com força, resistência, agilidade e reflexos sobre-humanos, Danvers possui habilidades psíquicas e é capaz de voar mais rápido do que a velocidade do som, inclusive no vácuo do espaço. Além das heranças do Capitão Marvel, a heroína ainda é imune à toxinas e venenos, impedindo que tenha o destino de seu mentor. Em meio a todos estes poderes, também pode absorver e manipular energia, o que aumenta o metabolismo e melhora seu tempo de cura, além de ser capaz de explosões de fótons.

Ícone do Feminismo

É mais do que inegável que a Viúva Negra de Scarlett Johansson ganhou o direito de ter um filme só seu. Porém, ninguém merece mais o posto de primeira personagem feminina da Marvel a ter um filme solo do que a Capitã Marvel.

Desde sua origem, Danvers representa a mulher que luta para sobreviver em um mundo machista. Mesmo sendo academicamente superior, Danvers vê seu sonho de ir para a faculdade ser destruído quando o pai prefere, por pura misoginia, pagar os estudos de seu irmão. Então parte para se juntar às Forças Armadas e, ao se destacar, é recrutada para CIA.

Eventualmente acaba como chefe da segurança da NASA, onde sua jornada com Mar-Vell começa e só receberá os poderes por ter, dentro de si, a vontade de ajudar os outros e deixar de ser a donzela em perigo.

Com muitos pontos reescritos pela roteirista Kelly Sue DeConnick em seus três anos à frente das histórias da Capitã Marvel, Carol Danvers teve seu passado sexista redimido e se tornou um ícone do poder feminino dos quadrinhos. Abandonou o famigerado visual da Ms. Marvel, saído diretamente das fantasias masoquistas, e adotou um uniforme digno de uma super-heroína, além da postura de independência.

DeConnick não é sutil em seu discurso feminista, mas não transformou sua Capitã Marvel em uma extremista, isso fica por conta de outras personagens. Danvers representa o verdadeiro feminismo; aceita as diferenças e limitações de cada um, apoia a ambição das mulheres e não assume uma postura superior e vingativa perante o homem.

Esperamos que sua adaptação cinematográfica faça jus ao crescimento que a personagem teve nos quadrinhos desde a sua concepção e possa assegurar, de uma vez por todas, a saída de Carol Danvers da sombra de seu mentor.

Fonte: Nerd Break

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