Cinco fatos sobre a impressora 3D Vulcan, que constrói casa em 24 horas

A Vulcan é uma impressora 3D de uma tonelada capaz de construir uma casa inteira em apenas 24 horas. A primeira habitação feita com o aparelho, desenvolvido pela startup Icon, está localizada no Texas, nos Estados Unidos, e foi concluída em março deste ano. Os planos da companhia, entretanto, são bem maiores – além de alcançar populações mais necessitadas de outros países, a empresa deseja também levar a tecnologia ao espaço sideral.

Confira a seguir cinco fatos sobre o equipamento que promete revolucionar a área da construção civil, por meio de moradias baratas – por US$ 4 mil (cerca de R$ 15.520) – e sustentáveis feitas somente em um dia.

1. Como as casas são feitas
A Vulcan é uma impressora 3D como outra qualquer, mas em dimensões gigantescas: uma tonelada distribuída por 6,9 m x 3,3 m x comprimento que varia de acordo com a necessidade da obra. Portanto, a maneira como ela trabalha é semelhante aos demais modelos. Primeiramente, engenheiros criam o projeto digital por meio de um software que traduz o desenho para a linguagem de programação código G, capaz de determinar os movimentos do equipamento ao longo do trilho por ele percorrido.

A matéria-prima é basicamente argamassa, composta por itens fáceis de encontrar, como areia, cimento e plastificantes. Esse material é despejado nas áreas determinadas pelo G-Code em camadas de concreto de 7,6 cm x 10,1 cm. Para que a construção seja concluída no tempo estabelecido, a parte onde a impressora é “alimentada”, chamada de funil, conta com uma chave de detecção, capaz de identificar se é necessário adicionar mais massa.

Em todo esse processo, a Vulcan é capaz de concluir uma casa de cerca de 55 a 74 metros quadrados em apenas 24 horas, de acordo com a Icon. A parte impressa custa US$ 4 mil (cerca de R$ 15.520). Depois, são necessários ajustes finais, como a colocação de telhados, portas e janelas, instalação elétrica e de encanamentos, bem como a pintura.

2. Ecologicamente correta

Além de erguer moradias de forma rápida e econômica, a Vulcan é ecologicamente correta. Segundo a empresa responsável, se comparada ao método tradicional de construção, a impressão gera praticamente zero resíduos. O aparelho também apresenta eficiência energética, uma vez que é movido por seis motores elétricos que exigem somente 240 volts de potência – a promessa é de não sobrecarregar as redes de energia instáveis de países mais pobres ou em áreas de desastre.

3. Casas duráveis e totalmente habitáveis
Nos Estados Unidos, onde a tecnologia foi desenvolvida, é muito comum usar como matéria-prima na construção de edifícios itens pouco resistentes, como drywall e madeira compensada. Já a Icon utiliza concreto para imprimir as casas, material que tem maior durabilidade, baixo custo e tem alta massa térmica (ideal para locais com grandes variações de temperatura).

De acordo com a companhia, as residências impressas devem durar tanto quanto ou mais do que as demais construídas de acordo com a CMU (Concrete Masonry Unit, ou Unidade de Alvenaria de Concreto, em livre tradução). Após concluídas (e de passarem pelos ajustes finais), estão prontas para serem habitadas. Ainda segundo a empresa, no futuro, todos viverão em moradias impressas. “É só uma questão de tempo”, prometem.

4. Construção de casas para os mais necessitados

A Vulcan foi desenvolvida a partir de uma parceria com a organização sem fins lucrativos chamada New Story, com o objetivo de fornecer casas seguras e de qualidade para famílias carentes, de forma econômica e rápida. Por isso, o equipamento é capaz de trabalhar mesmo em lugares com restrições, seja de energia elétrica, água potável ou assistência técnica. O primeiro local a receber o projeto deverá ser El Salvador, já em 2019. O plano é de produzir 100 moradias para os mais necessitados.

5. Planos de chegar ao espaço
Sim, a própria empresa afirma que soa como algo louco, mas está em seus planos levar as tecnologias de impressão 3D para fora do planeta Terra. Entre as vantagens está o fato de o maquinário não requerer oxigênio, comida ou material local para ser utilizado. E isso não parece estar longe de acontecer. Segundo o site Wired, a Icon está participando de um concurso da Nasa para desenvolver habitats espaciais capazes de serem impressos com material nativo, ou seja, aquilo que estiver disponível no solo do planeta.

Fonte: TechTudo

 

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