Cavalo extinto será clonado do DNA de um potro de 42 mil anos de idade

Encontrado na Sibéria, potro congelado tem o DNA preservado e cientistas se mostram confiantes na empreitada genética

Uma equipe de pesquisadores russos e sul-coreanos está prestes a empreender algo digno de um filme de ficção científica: a clonagem de um potro de 42 mil anos encontrado na cratera siberiana conhecida como Boca do Inferno.

O potro de apenas duas semanas foi congelado em perfeitas condições, e cientistas veem na tentativa de restaurar a raça de cavalos Lenskaya, que desapareceu há 4 mil anos, um caminho para trazer o gigante Mamute-Lanoso de volta à vida.


Cientistas resgatando potro congelado / Reprodução The Siberian Times

Segundo a Universidade Federal do Nordeste, localizada na fria cidade de Yakutsk, os pesquisadores estão confiantes no sucesso do projeto, e as tentativas continuarão até o final de abril. Na fase atual de trabalho, a equipe está escolhendo uma mãe para hospedar o embrião criado em laboratório. A equipe de pesquisa internacional é liderada pelo especialista em clonagem sul-coreano, professor Hwang Woo-suk, que também está envolvido nos esforços de usar restos de mamutes gigantes preservados nas geleiras para trazê-los de volta à vida.


Reprodução / The Siberian Times

Yakutsk, capital da República Sakha, é um local onde se encontram muitos animais congelados. No final de março, foi anunciado que a Rússia abriria uma nova instalação de clonagem no valor de 4,5 milhões de libras (23 milhões de reais) que visa trazer de volta o mamute lanoso e outras espécies extintas. “Do lado coreano, há sete pesquisadores envolvidos no projeto de clonagem, e todos estão otimistas com os resultados”, afirma Lena Grigoryeva, uma das principais investigadoras russas do projeto.


Cavalos a serem utilizados para clonagem do potro / Reprodução The Siberian Times

A técnica de clonagem a ser realizada, conhecida como CRISPR / Cas9, permite aos cientistas criar um animal híbrido a partir de fósseis preservados ao fundir o DNA extraído com células da pele de um animal vivo. As células reprogramadas serão adicionadas ao óvulo da fêmea escolhida. “Felizmente, os tecidos musculares do animal (potro) não foram danificados e foram bem preservados, então conseguiremos obter amostras dessa descoberta única para pesquisas em biotecnologia”, explicou Dr. Semyon Grigoryev, pesquisador líder do Mammoth Museum em Yakutsk.

No caso dos mamutes lanosos, a ideia é fundir seu gene com células de um elefante vivo — as duas espécies compartilham 99,4% de DNA.

Fonte: Aventuras na Histporia

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